Claudete Brescancini

28 de agosto, 2019

Cozinhar: um ato de amor, saúde e economia

Comer de forma saudável é uma questão de escolha. Tão importante quanto o que irá escolher nas prateleiras dos supermercados, é saber a procedência do que se está colocando na mesa. 

Tudo começa com uma decisão fundamental: a de passar mais tempo na cozinha. Preparar seu próprio alimento é um ato de amor consigo mesmo e com as pessoas mais próximas. 

De acordo com a culinarista Claudete Brescancini, que há mais de 17 anos promove cursos de culinária para a Ruston Alimentos, cada vez mais é importante participar de todas as etapas que envolvem a alimentação.

 

Claudete Brescancini

A culinarista Claudete Brescancini, durante aula no Villarreal Supermercado, em São José dos Campos (SP)

“Com a correria do cotidiano, as pessoas têm se afastado desse exercício – que envolve a escolha dos alimentos, o preparo e o envolvimento com o que se come –, ou para comer fora de casa, ou optando por comidas congeladas. Isso é uma pena, pois quando tomamos um pouco essa responsabilidade para nós, participamos de todo o processo, o que certamente é muito mais benéfico para a nossa saúde física, mental e financeira, afinal, comer fora fica muito mais caro”, afirma Claudete.

Para que a experiência seja perfeita, a culinarista recomenda que as consumidoras e os consumidores se atentem aos produtos com qualidade comprovada. 

“A gente pode contar que a receita vai chegar no ponto e que o sabor ficará agradável. Até porque, quando você confia no produto, você sabe que aquela manteiga é manteiga de verdade, que o azeite não tem gosto de óleo de soja”, explica ela.

A predileção pelas marcas de confiança não significa, necessariamente, uma escolha pelo que é mais caro no supermercado. Muitas vezes é até o contrário. O importante, ela afirma, é o repertório na hora de cozinhar.

“Nos cursos que faço, por exemplo, o desafio é usar ingredientes do cotidiano, como arroz e feijão, para fazer inúmeros pratos diferentes, alguns até bastante sofisticados. Então, se a pessoa tem curiosidade de aprender, ela pode impressionar na cozinha mesmo com produtos mais em conta”, afirma Claudete.

Sem desperdício

Outra máxima da cozinha é a de que nada se perde, tudo se transforma. Para ela, esse é mais um segredo da economia na hora de preparar os alimentos. 

“As sobras de uma refeição podem se transformar em um bolinho maravilhoso e saudável, ou em um arroz de forno. A cozinha é um ambiente para exercermos a criatividade. Quem joga comida fora está desperdiçando seu dinheiro, além de um bem valioso que falta para tantas pessoas”, diz.