Profissões do futuro

3 de agosto, 2019

Quais são as profissões do futuro? Separamos dicas para você se preparar a partir de hoje

Já parou para pensar na quantidade de mudanças que aconteceram em nosso cotidiano profissional nos últimos anos? Com tanta tecnologia e inovação, foi preciso se adaptar às novas demandas para não ficar para trás. A lógica serve tanto para um pequeno restaurante, que precisa se adequar aos aplicativos de delivery, quanto para as gigantes emissoras de TV, que passaram a oferecer conteúdo nas plataformas digitais para concorrer com serviços de streaming como a Netflix.

Nesse contexto, o fato é que ninguém está na zona de conforto: quem já está empregado, quer saber se sua profissão vai resistir às mudanças; aqueles que estão se formando, ficam na dúvida se sairão dos cursos com diplomas já obsoletos.

Em entrevista ao canal Band News em março deste ano, a especialista em economia criativa e autora de livros pioneiros na área Ana Carla Fonseca afirma que as profissões mais burocráticas devem ser as mais atingidas nos próximos anos.

“Tudo o que for burocrático, repetitivo e protocolar, a tendência é que as máquinas façam para a gente. Ao contrário, os valores como inteligência emocional, inteligência social, flexibilidade no aprendizado, capacidade de conexões entre as áreas e raciocínio crítico, serão fundamentais”, comenta.

Os próximos anos também apresentarão uma perspectiva diferente na relação com o trabalho. Se as gerações passadas se acostumaram com empregos estáveis e de longevidade, a tendência é que as pessoas se acostumem a se reinventar ao longo de sua carreira profissional.

As profissões vão mesmo sumir?

Todo mundo já ouviu em algum momento aquele famoso estudo que garante que até 2030 centenas de profissões vão sumir. Já estamos em 2019 e muitos trabalhos seguem ativos. Apesar do alarde, o que se estima é que, de fato, apenas 5% das profissões devem desaparecer.

Há estudos, por exemplo, que decretam a morte do profissional de contabilidade. Mas a área continuará com muito mercado caso os escritórios saibam se reinventar, oferecendo soluções personalizadas para cada cliente.

“Se a gente imaginar um prazo de 15 ou 20 anos, 60% das profissões sofrerão 30% de mudanças. Ou seja, na maioria das áreas, um terço das rotinas deve sumir”, afirma Ana Carla.

A estimativa, de acordo com a pesquisadora, é que a pessoa que entra hoje no mercado de trabalho passará por cinco profissões diferentes ao longo da vida. Isso porque é cada vez mais frequente a mudança para negócios próprios ou para áreas similares em busca de melhores oportunidades.

Ana Carla Fonseca

Novos ofícios

A organização norte-americana Center For the Future of Work fez, em julho deste ano, uma lista com 21 profissões que possivelmente estarão em alta nos próximos anos.

A maioria delas está ligada à área de tecnologia, como é o caso do Detetive de Dados, que seria responsável por ajudar a interpretar as informações colhidas em Big Data pelas empresas.

Outro exemplo é o Gestor de Desenvolvimento de Negócios de Inteligência Artificial, que define, desenvolve e implementa programas eficazes para acelerar vendas e negócios de inteligência artificial.

Uma característica da lista é que ela apresenta ramificações mais ligadas às questões humanas dentro da área tecnológica. Por exemplo, o Walker/Talker seria uma espécie de Uber acionado por meio de uma plataforma digital para dar atenção e tempo de conversa para clientes idosos.

De acordo com a lista, o mercado de auxiliares digitais, que oferecem serviços personalizados, será um ramo importante. É o caso do Conselheiro de Compromisso de Saúde, um especialista que monitora remotamente as necessidades de saúde de seu paciente – os dados seriam transmitidos por uma pulseira inteligente. Nessa linha, ainda estariam o Técnico de Saúde Assistida por Inteligência Artificial, o Alfaiate Digital e o Coach de Bem-Estar Financeiro.

A lista completa pode ser conferida aqui: http://bit.ly/2YwY1pb.