13 de janeiro, 2020
A panela de pressão e suas transformações ao longo dos séculos
Se há um item que facilita o dia a dia de quem cozinha, ele é a panela de pressão. Fundamental para o cozimento de alimentos como feijão, carnes e todos aqueles que demandem maior tempo de fogo, a panela de pressão pode ser encontrada em diferentes versões, conforme a necessidade do cozinheiro.
Atualmente, elas são vendidas em versões elétricas, com visores e timer, entre outras tecnologias. Mas nem sempre foi assim. Os primeiros protótipos eram muito diferentes. Apesar de terem se popularizado nas décadas de 1960 e 1970, as panelas de pressão foram criadas séculos antes disso, em 1679 na França – não por acaso, o berço da alta gastronomia.
O responsável pela invenção foi o físico francês Denis Papin. A ideia era buscar uma forma mais eficiente de cozimento, que fosse capaz de amolecer os ossos e cozinhar a carne em pouco tempo.
À época, a panela recebia o nome de Digestor, ou Marmita de Papin. A primeira versão era feita de ferro fundido, com uma tampa que a vedava. Já naquele tempo, a panela trazia uma válvula de segurança, precursora das que existem atualmente.
A industrialização da panela de pressão
De tão eficaz, o modelo inventado na França continuou em vigor por pouco mais de dois séculos. Somente em 1905 que uma indústria norte-americana, a Presto Company, começou a comercializar os primeiros modelos de alumínio.
Com a industrialização cada vez mais veloz, não demorou para que os modelos passassem a ser concebidos com aço inoxidável. Foram esses exemplares que fizeram sucesso anos mais tarde com a promessa de economizar tempo, dinheiro e preservar melhor as propriedades dos alimentos.
Panela de pressão, a companheira dos cozinheiros preguiçosos
Apesar das facilidades, houve um tempo em que a panela de pressão foi vista, dentro do círculo da alta gastronomia, como um equipamento utilizado por cozinheiros preguiçosos, ou que não tinham paciência para os processos mais elaborados.
Foi apenas com a publicação do “Modernist Cuisine”, livro mais importante da cozinha contemporânea, que a panela de pressão passou a ser “permitida” nos ambientes da gastronomia.
Medo de usar? Siga nossas dicas
Apesar dos benefícios, muitos ainda não usam a panela de pressão devido aos riscos de explosão. Medo não se discute, mas com algumas dicas, dá para aproveitar sem perigo a praticidade da pressão na hora de cozinhar.
A primeira delas é procurar uma panela de boa qualidade, confiável e segura. Depois disso, vale se atentar para o manuseio, já que a pressão exige que a panela seja utilizada com cuidado, sem movimentos bruscos.
A manutenção é outra dica fundamental. Sempre verifique se as válvulas não estão entupidas ou se a panela está no encaixe perfeito. Um conselho: o barulhinho que a panela de pressão faz é um indício de que a panela está funcionando bem. Se ele não acontecer, o ideal é desligar o fogo e colocá-la debaixo da água para esfriar, e só depois abrir para checar.
E para encerrar: jamais force a abertura da tampa. Isso pode causar acidentes.