11 de agosto, 2020

Dia da TV traz lembranças de momentos inesquecíveis e desafios do cotidiano de quem está por trás das telas

Dia 11 de agosto é uma data de comemoração para aquele que ainda é o principal veículo de comunicação em massa no mundo: a televisão. O Dia da TV é comemorado junto à data de Santa Clara de Assis, padroeira oficial da mídia. Inventado em 1925, o veículo estourou mesmo depois da 2ª Guerra Mundial. A partir dali, a TV se estendeu para o mundo todo, ganhando cada vez mais força conforme a evolução das tecnologias para transmissão.

O Brasil é um dos países em que mais se assiste televisão, com média semanal de quase 20 horas em frente ao aparelho. Por aqui, a TV chegou em 1950, quando o jornalista e empresário Assis Chateaubriand inaugurou a hoje extinta TV Tupi, primeiro canal brasileiro, em São Paulo.

Como não havia transmissão via satélite, a programação da TV Tupi era restrita à capital  paulista. No ano seguinte, seria inaugurado o canal no Rio de Janeiro. As décadas de 1950 e 1960 são de plena expansão do veículo. Já nos anos 1970, com a chegada da TV a cores, as redes de televisão passam a ocupar o lugar do rádio como principal fonte de informação e entretenimento dos brasileiros.

Chacrinha
Chacrinha foi ícone da TV Brasileira e um dos maiores comunicadores do país

Atrações como o Jornal Esso, Cassino do Chacrinha, Hebe, Jornal Nacional, Programa Silvio Santos, Xou da Xuxa, Bozo, Balão Mágico e Castelo Rá-Tim-Bum, entre inúmeros outros, surgiram desde então. E a história do Brasil passou a ser contada na telinha, com a TV fazendo parte do imaginário coletivo de gerações.

Nesses 70 anos de Brasil, a televisão passou por muitas mudanças, que só ampliaram a sua capilaridade entre os lares do país. Entretanto, com a veloz popularização da internet, a TV como a conhecemos está mudando radicalmente. Um dos desafios é acompanhar a velocidade e interatividade oferecidas pela rede.

O dia a dia na TV
Apesar do glamour dos programas e novelas, os bastidores desta fábrica de sonhos é de muito suor e trabalho duro. O dia a dia de quem faz televisão exige agilidade, capacidade de lidar com a pressão, criatividade e, principalmente, trabalho em equipe.

“Na TV, tudo aquilo que está atrás é igualmente importante ao que aparece na tela. Acho valioso tudo aquilo que a gente faz, e vejo a TV como o resultado de um bom trabalho em equipe. Se o trabalho está bem feito, é porque a equipe também estava bem posicionada. Todas as partes dessa área são igualmente importantes”, explica o publicitário e professor universitário Felipe Soriano.

Registro mostra estreia da TV Tupi, em 18 de setembro de 1950

Soriano é o diretor da TV Univap, canal laboratório para alunos dos cursos de comunicação da Universidade do Vale do Paraíba. O canal conta com estrutura de uma emissora de televisão e serve como aprendizado para a equipe alçar voos maiores na carreira. Uma das estrelas do jornalismo nacional, Evaristo Costa, deu seus primeiros passos nos estúdios do canal.

“A TV Univap é um ótimo exemplo do trabalho na TV. Atualmente, eu me coloco na parte de técnica, então sou a pessoa que grava, que coloca a TV no ar e assim por diante, mas esse trabalho é feito em parceria com a editora de conteúdo. Então a gente precisa de muita conversa para conseguir fazer o melhor trabalho, e da melhor forma possível”, afirma.

Acompanhando a evolução da televisão desde o início de sua carreira, o publicitário acredita que a TV ainda ocupa o posto de veículo mais importante no mundo. Para ele, as transformações vindas com o avanço na tecnologia não representam necessariamente um risco ao reinado da telinha.

“A importância da TV é tremenda, assim como também é grande a importância do rádio. Quando a TV nasceu, as pessoas pensaram que o rádio ia acabar. Mas o rádio também tem a importância dele. Quando a internet começou a abrir as portas para um novo tipo de comunicação, acharam que a TV ia acabar. Mas a TV não acaba, assim como o rádio não acaba, ela tem a sua importância sim, ela tem a suas características e a sua forma de ser feita diferente da do rádio, bem como diferente da internet. A TV sempre vai existir”, afirma.