20 de março, 2020
Muito além dos cromossomos: por que celebramos o Dia Internacional da Síndrome de Down
Dia 21 de março (mês três) pode ser só mais um dia para a maioria das pessoas. Mas, para portadores da síndrome de Down e todos aqueles que convivem com eles, a data é muito significativa. Afinal, ela faz alusão às três cópias do cromossomo 21 – que caracteriza as pessoas com a síndrome.
Por isso mesmo, nessa data é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. Isso significa que é hora de celebrar os avanços na inclusão dos portadores da síndrome e aumentar a conscientização pública para defender os direitos e o bem-estar dessas pessoas.
A data é reconhecida oficialmente pela ONU – e a ideia, inclusive, foi proposta pelo Brasil. Ela é celebrada desde 2006, sempre com o intuito de garantir que as pessoas com Down possam ter a mesma liberdade e oportunidades que todos os outros.
Este ano, devido à proliferação da Covid-19, as celebrações da data vão acontecer sem aglomerações. Mas isso não significa que o dia perde em importância. De acordo com Tiago Oliveira, um dos coordenadores da Asin (Associação síndrome de Down), de São José dos Campos, este é um dia de comemorar conquistas e pensar no que ainda pode ser realizado.
“Atualmente, são muitos os campos nos quais as pessoas com síndrome de Down podem atuar. Os limites estão sendo, pouco a pouco, derrubados. A cada dia que passa, as barreiras do preconceito vão caindo. Mas é uma luta constante, não podemos relaxar”, afirma.
Em São José dos Campos, a Asin promove a autonomia dos portadores de síndrome de Down por meio de atividades que auxiliam em uma colocação no mercado de trabalho. São aulas de dança, teatro e costura, entre outras, que ajudam os frequentadores a conseguir uma atividade.
Sobre a síndrome de Down
A síndrome de Down é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita há 150 anos por John Langdon Down. Ela é a primeira causa conhecida de discapacidade intelectual. É importante ressaltar: não se trata de uma doença, mas de uma síndrome genética.
A pessoa com síndrome de Down tem 47 cromossomos em suas células ao invés de 46, como a maior parte da população. Estima-se que, no Brasil, um em cada 700 nascimentos acontece com o caso da síndrome. Isso totaliza cerca de 270 mil pessoas com a trissomia no país.