filho que lê

12 de fevereiro, 2020

Quer um filho que lê? Comece por você mesmo!

Hábito fundamental para estimular o pensamento crítico, a leitura é um dos pilares do desenvolvimento intelectual, por isso, todos os pais sonham com um filho que lê. Afinal, a leitura abre caminhos para vivenciar realidades diferentes, aprender novas culturas, ampliar o repertório e afiar o raciocínio, entre outros benefícios.

Como todo hábito saudável, um dos maiores desafios é começar. Uma tarefa que vem ficando mais difícil com tantos estímulos instantâneos “pipocando”, principalmente nos smartphones. Se para um adulto já é complicado, imaginem para as crianças, que, muito antes de se alfabetizarem, já se acostumaram com a dinâmica frenética do aparelho.

A tarefa é difícil, mas nada impossível. Educar crianças leitoras exige uma condição fundamental: pais leitores. O ambiente de casa ajuda a implementar o gosto pelos livros. 

“Ter pais leitores é o início de tudo. Ver os pais lendo é extremamente motivador para as crianças. Assim como a leitura para os pequenos. Por isso é importante reservar um espaço na agenda para as leituras diárias com os filhos”,afirma a psicoterapeuta Claudia Alvarenga, de São José dos Campos.

Frequentar livrarias, bibliotecas, feiras e eventos dedicados à literatura são também formas de ambientar as crianças naquele universo. Nesses passeios, vale conversar sobre os livros expostos e suas temáticas. Tudo para atiçar a curiosidade e o interesse das crianças pelas histórias.

Um filho que lê começa com um contador de histórias

Interpretar é uma das qualidades para incentivar os pequenos na leitura. Na hora de ler um livro para a criança, o ideal, de acordo com a psicopedagoga, é criar um ambiente fantasioso, com simulação de vozes e ruídos para estimular a imaginação.

“Essa é a principal vantagem do livro em relação às outras mídias. Nele você é quem imagina os cenários, cria as feições dos personagens. Durante a leitura com a criança, é importante que essa particularidade seja bastante explorada. Então, vale abusar da imaginação”, afirma.

Ainda pensando nas crianças, outra dica importante é manter os livros em locais acessíveis aos pequenos. “Mesmo ainda não sabendo ler, o contato com os livros infantis, suas ilustrações e formatos, é o primeiro passo para se apaixonar pelas publicações”, afirma.

No seu ritmo

Já para quem quer começar a se dedicar mais aos livros ou voltar a uma rotina de leitura que havia sido abandonada, o desafio é encontrar livros que tenham um ritmo que mais agrade. Para isso, vale começar com publicações menores, de leitura mais rápida, para, em outro momento, encarar os livros mais densos.

“Se a leitura está se tornando um sacrifício, algo está errado. A escolha dos livros precisa estar em concordância com o que a pessoa gosta em seu dia a dia. Repito: a literatura não pode ser algo distante de nós, tem que se aproximar, fazer parte do nosso cotidiano”, conclui.

Culinária e literatura

A temática da culinária é recorrente na literatura. Para quem ama cozinhar, separamos cinco títulos de romances que enaltecem o prazer de comer bem.

  • Sob o Sol da Toscana
    Autora: Frances Mayes
  • Comer, Rezar, Amar
    Autora: Elizabeth Gilbert
  • O Maravilhoso Bistrô Francês
    Autora: Nina George
  • A Morte do Gourmet
    Autora: Muriel Barbery
  • Chocolate
    Autora: Joanne Harris