16 de janeiro, 2020

SORRI de São José promove inclusão e abre as portas do mercado de trabalho a portadores de deficiência

Há 36 anos em São José dos Campos, a SORRI une pessoas com diferentes tipos de necessidades especiais para que, juntos, possam conquistar suas vitórias pessoais. A organização conta com 140 alunos, dos 14 aos 59 anos, que aprendem – e também ensinam um bocado – diariamente caminhos para uma sociedade mais inclusiva.

Em um prédio arejado, de corredores largos e espaços verdes, os frequentadores contam com aulas de informática, música, artes, montagem de peças industriais e informática, entre outros. O objetivo é promover qualidade de vida doméstica, escolar, familiar, social e profissional.

A Ruston Alimentos, por meio da doação de Arroz Fantástico, contribui para que a entidade continue prestando atendimento aos alunos, que fazem três refeições diárias no local. A equipe conta com 16 profissionais, entre professores e prestadores de serviço.

“Com a verba pública que recebemos, conseguimos atender 110 alunos. Os 30 restantes são de contrapartidas. Sejam advindas de outros municípios ou de doações. Nossa estrutura é grande e abrigaria mais pessoas, porém, não temos ainda condições financeiras para aumentar esse número. É um passo de cada vez”, afirma a gerente técnica da SORRI, Ana Raquel Vital.

Mercado de trabalho

Uma das funções mais importantes da organização é a preparação e o encaminhamento dos alunos para o mercado de trabalho. Em um dos corredores, um mural apresenta uma série de vagas para PCDs (Pessoas com Deficiência). Muitos dos cursos oferecidos são direcionados exatamente com esse propósito.

“Claro que cada caso é um caso, mas quando sentimos que o aluno já está apto a ingressar em uma carreira, fazemos o encaminhamento. Temos inclusive uma parceria com o Senai, que capacita professores e oferece certificação aos alunos”, comenta.

Inclusão 

Apesar de contar com demandas diferentes, os alunos da SORRI são todos acolhidos da mesma forma, frequentam o mesmo ambiente e aprendem a conviver com suas diferenças. São aceitos diferentes tipos de deficiências. Cadeirantes, autistas e deficientes visuais, entre outros, são atendidos por uma equipe multidisciplinar.

“A inclusão social diz respeito ao sentimento e à vivência de pertencer a uma coletividade, envolvendo-se e construindo relacionamentos fortes e de apoio com os outros. Ou seja, inclusão também significa dar voz às pessoas”, afirma Ana Raquel.

Apesar de contar com mais de 140 frequentadores, a casa conta com capacidade para quase dobrar esse número. Só o que falta é verba. “Estamos nos organizando para buscar novas fontes de recursos. Temos capacidade de atender muito mais pessoas e a demanda também é grande”, conclui.