25 de janeiro, 2021
Volta às aulas com segurança; confira 7 dicas
Com a gradual volta às aulas em fevereiro, escolas se preparam para receber os alunos em um cenário completamente diferente.
Turmas reduzidas, carteiras mais afastadas, janelas abertas, ambientes bem higienizados e uso obrigatório de máscaras são algumas das medidas essenciais para um retorno seguro, de acordo com os protocolos do Plano São Paulo.
Segundo o pediatra Paulo Nardy Telles, desde setembro de 2020 cerca de 1,7 mil escolas do estado abriram sem que houvesse algum caso de transmissão nesses ambientes. Entretanto, ele afirma que o risco de contaminação existe e não deve ser ignorado, em especial aos que dependem do transporte público.
“Todos os que saem de casa desde o início da pandemia correm esse risco: médicos, enfermeiros, auxiliares, motoristas, cobradores, policiais, bombeiros, caixas de supermercado, comerciantes, farmacêuticos, enfim, todos os que lutam para sobreviver e manter seus empregos e a sociedade em movimento se expõem de alguma forma”, afirma.
O especialista acredita que é essencial deixar as escolas abertas e fechar, se preciso, os demais serviços. “Com protocolos, a taxa de transmissão nas escolas é baixa. Vale lembrar que, ao investir na educação, estamos investindo no futuro do país, e estamos precisando muito disso. Quem sabe assim mudaremos nosso rumo como nação?!”, diz Telles.
Olhar materno
Neste primeiro momento, o retorno presencial é opcional, cabendo às famílias decidirem se enviam os filhos para escola ou não. As salas de aulas atenderão com 35% de capacidade.
Para a promotora de vendas Gislaine Cristina dos Santos, que tem três filhos de 7, 10 e 15 anos, por mais que o retorno às escolas não seja obrigatório, vale a pena experimentar as aulas presenciais.
“Nenhum dos meus filhos tem doença crônica e, para eles, os riscos são bem menores. Além disso, acredito que o planejamento tem se mostrado seguro para essa retomada”, explica.
Gislane, que por causa da pandemia teve a sua filha mais nova prejudicada no primeiro ano de alfabetização e o seu filho mais velho reprovado no 9º ano do ensino fundamental, conta que essa volta às aulas podem se mostrar bastante significativas na aprendizagem dos filhos.
“Por causa das aulas remotas, o Kauan (15) ficou desmotivado com os estudos. Ele era de escola privada e tinha aulas online em tempo real, porém não conseguia acompanhar e acabou desistindo”, explica.
Mesmo assim, acredita que as aulas remotas foram indispensáveis na interação social dos filhos em período tão difícil. “Ainda que seja a distância, qualquer tipo de interação já é muito significativa na aprendizagem das crianças”, diz Gislane.
Um novo ambiente escolar
As regras do Plano SP determinam que se uma área estiver nas fases vermelha ou laranja, as escolas da educação básica, que atendem a alunos da educação infantil até o ensino médio, poderão receber diariamente até 35% dos alunos matriculados. Na fase amarela, elas ficam autorizadas a atender até 70% dos estudantes; e na fase verde, até 100%.
De acordo com o especialista Telles, tanto os pais quanto os professores e cuidadores devem seguir os protocolos sanitários para um retorno seguro à vida escolar. Confira a seguir:
Dicas para uma volta às aulas segura
Distanciamento físico
Distanciamento de 1,5 metros entre as pessoas, sempre que possível
Higienização de ambiente
As salas devem ser bem limpas e os banheiros também (pelo menos a cada três horas). Além disso, é importante higienizar o ambiente tanto na abertura, quanto no fechamento da unidade
Higienização das mãos
É essencial lavar as mãos com água e sabão ou fazer o uso do álcool em gel 70% ao entrar e sair da escola, bem como ao se mudar de espaço e antes das refeições
Máscaras
O uso de máscaras para menores de 2 anos não é recomendado. De 2 a 5 anos, o uso deve ser incentivado com supervisão constante e conforme a adaptação de cada criança. Os alunos entre 6 e 10 anos devem ser estimulados a usar a proteção. Para os maiores de 10 anos e adultos, o uso deve ser obrigatório
Bolhas
As bolhas são os grupos de alunos, professores e funcionários que estarão em contato direto no mesmo ambiente, sempre e somente, entre si. A entrada dos pais ou familiares não deve ser permitida na escola
Ventilação
É importante manter salas, bibliotecas e demais espaços sempre abertos e bem ventilados
Monitoramento e identificação dos sintomas
Os pequenos devem ser orientados sobre sintomas suspeitos e, caso necessário, afastados e investigados. Além disso, toda a equipe e funcionários da escola devem estar bem treinados